A Câmara Municipal de Guarujá deve ler na sessão desta terça-feira, às 15 horas, o pedido de impeachment do prefeito Valter Suman feito pelo engenheiro José Manoel Ferreira Gonçalves.
Baseado em evidências de improbidade administrativa, ele argumenta que a permanência de Suman no cargo ameaça a sociedade e os cofres públicos. Ele foi fundamentado na Operação Nacar-19, que investiga supostas fraudes, corrupção e lavagem de dinheiro na Prefeitura do Guarujá. A investigação, conduzida por múltiplos órgãos, aponta para a participação de Suman em um esquema criminoso que desviou recursos da saúde, incluindo verbas federais para o combate à COVID-19. É o quarto pedido de impeachment solicitado pelo engenheiro.
A ação civil de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal corrobora as acusações, levando ao bloqueio de mais de R$ 19 milhões em bens de Suman e outros acusados. A descoberta de valores consideráveis em dinheiro não declarados ao Fisco, somados a indícios de pagamentos ilícitos a contratados da prefeitura, reforçam a suspeita de lavagem de dinheiro.
Nesta segunda-feira, José Manoel esteve novamente na Câmara para protocolar um complemento ao pedido. “A expectativa é grande. Que a Cidade possa, enfim, cumprir seu destino que é se libertar do sistema apodrecido do processo político que vivemos. Mais uma vez a responsabilidade está com os vereadores”, disse o engenheiro.