O Brasil é um dos países mais LGBTfóbicos do mundo, sendo um país muito perigoso para essas pessoas. Para se ter uma ideia, só em 2023, 257 pessoas LGBTQIA+ tiveram morte violenta no Brasil, o equivalente a uma vítima a cada 34 horas – segundo dados da ONG GGB. A região Sudeste foi a que mais registrou mortes no país, com o registro de 100 casos.

Campinas registrou, entre janeiro e abril de 2022, 148 casos de preconceito contra pessoas LGBT+, segundo o Centro de Referência LGBTQIA+ da prefeitura. O número representa, em média, um registro a cada 19 horas e 45 minutos. A cidade já ocupou manchetes nacionais dos jornais por crimes violentos contra essa população. Em contrapartida, Campinas realiza a maior Parada LGBTQIA+ do interior paulista e a segunda maior do estado de São Paulo.

Nossa luta é por dignidade e respeito, é pelo fim da marginalização! Por isso sabemos da importância de promover políticas públicas de real enfrentamento ao preconceito e à violência direcionada aos LGBTQIA+.

Nesse sentido, para promover a dignidade, o respeito e combater a marginalização da população LGBTQIA+ em Guarujá, como proposta, apontamos a urgência em:

Criar casas e espaços de acolhimento para pessoas que foram expulsas de casa em razão da orientação sexual e da identidade de gênero;

Formular programas de proteção à população LGBTQIA+ que incluam orientações para denúncias de crimes, bem como criar centros de referência em acompanhamento psicológico, jurídico e social;

Acolher as demandas dessa população elaborando propostas conjuntas de destinação de verbas públicas para ações efetivas, como patrocínio de ações culturais, conferindo visibilidade e apoio;

Criar políticas de ação afirmativa que visem incluir nas universidades, no mercado de trabalho e na política os elos mais vulneráveis dessa população.