A violência contra a mulher é uma realidade no Brasil. Até outubro de 2023, em 10 meses foram registradas mais de 74 mil denúncias de violência contra mulheres pelo Ligue 180. São as mais variadas violências, entre elas a doméstica, que atinge três a cada dez brasileiras. Mais de 25,4 milhões de brasileiras já sofreram violência doméstica provocada por homem em algum momento da vida.
Das violências sofridas, as mais recorrentes são as violências psicológica, moral, física, patrimonial e sexual. Diante destes dados, é importante destacar que o Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial de feminicídio.
Guarujá enfrenta um aumento preocupante na violência contra mulheres. Os dados mais recentes apontam que a região registrou um aumento significativo de feminicídios e outras formas de violência. Segundo o Instituto Sou da Paz, houve um aumento de 70% nas ameaças contra mulheres, e os casos de violência moral sextuplicaram em 2023. Esse aumento pode ser devido à maior conscientização e mobilização, mas a subnotificação continua sendo um problema devido ao medo e à falta de confiança nas autoridades.
Guarujá tem Delegacias de Defesa da Mulher (DDM) que prestam atendimento humanizado às vítimas de violência com funcionamento contínuo, incluindo fins de semana e feriados. Apesar dos avanços, há poucas varas especializadas em violência contra a mulher, resultando em longos tempos de julgamento, que podem desestimular denúncias.
Esforços precisam ser somados, e são muitos os projetos e propostas necessários nesta luta. Essa pauta permeia toda a vida das mulheres, inclusive na saúde. Por isso, nossas lutas são:
Criar uma rede de proteção às vítimas de violência, com suporte psicossocial de atendimento com médicas, psicólogas, advogadas e outras profissionais;
Trabalhar pelo fortalecimento da rede de proteção às vítimas de violência e criação de medidas protetivas para as vítimas de violência obstétrica;
Aumento no número de unidades de Delegacia da Mulher com atendimento 24h por dia.