Combater o racismo estrutural passa por consolidar uma frente política antirracista
A extrema direita e os bolsonaristas defendem uma política supremacista em que o povo negro é subjugado. Essa política se evidencia de várias formas: declarações racistas, legitimação da violência racial e perseguição policial. Em termos estatísticos, a cada dez pessoas assassinadas no Brasil, oito são negras – aponta o Atlas da Violência.
O racismo estrutural é uma realidade arraigada nas estruturas sociais, políticas e econômicas do Brasil. Segundo o Atlas da Violência, a cada dez pessoas assassinadas no país, oito são negras. O racismo estrutural explora a força de trabalho da população negra, resultando em menores salários, maior precarização do trabalho e desemprego. Em Guarujá, essa realidade também se manifesta com um aumento preocupante da violência racial e discriminação.
Combater o racismo estrutural passa por consolidar uma frente política antirracista, organizada pelo movimento negro, com um programa de enfrentamento que mantenha e amplie a política de cotas em todos os espaços, promova o avanço das relações de trabalho igualitárias, e dos direitos sociais em todos os espaços da sociedade.
Nossas lutas e propostas são:
Políticas de combate ao racismo estrutural: lutar pela implementação da Lei 10.639/03 (ensino de história e cultura afro-brasileira) em todas as escolas públicas e privadas e implementação/ampliação das cotas nos concursos para o serviço público;
Fim da chamada “Guerra às drogas”, que promove o genocídio da juventude negra e o encarceramento em massa da população negra e periférica;
Combate à seletividade por critérios raciais em vagas de emprego, combate ao racismo institucional do Estado brasileiro em todas as instâncias, políticas afirmativas e de reparação histórica com combate ao racismo em todas as áreas da vida social;
Capacitar e qualificar, com formações antirracistas, a Guarda Municipal e demais serviços públicos, visando à garantia do respeito e a promoção dos direitos humanos.