O mundo vive uma crise ambiental resultante do modo de produção capitalista. Muitos governos pelo mundo, sem compromisso com os direitos da natureza e a vida da população, acabam produzindo políticas que agravam essa crise. No Brasil, temos sofrido com diversas catástrofes com impactos imensuráveis para a vida da população e para a preservação da natureza.
O colapso provocado pela Braskem em regiões de Maceió, as fortes chuvas e tempestades no Rio Grande do Sul, e as enchentes e alagamentos na Bahia, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo são exemplos de como a crise climática tem castigado os setores mais vulneráveis da nossa sociedade. A população mais pobre é a que mais sofre com o aquecimento global e todas as consequências da crise climática e ambiental.
O racismo ambiental é determinante para identificar quais populações sofrerão mais com os impactos das catástrofes. Em algumas regiões, a seca e as queimadas destroem tanto quanto as enchentes e os deslizamentos em outras localidades. A urgência de uma nova relação da humanidade com a natureza é uma missão de sobrevivência. Diante disso, nosso papel é discutir, pensar e produzir políticas de conscientização, reparação e preservação ambiental. Defender os direitos da natureza é defender as populações historicamente marginalizadas, é defender a vida.
Por isso, propomos:
- CONSCIENTIZAR a comunidade em relação à coleta de lixo e à preservação do meio ambiente;
- DESCENTRALIZAR a coleta de lixo, dividindo responsabilidades com as subprefeituras;
- IMPLANTAR um sistema de biodigestão anaeróbia como alternativa “limpa” à incineradora;
- IPTU VERDE concedendo contrapartidas a quem recupera, preserva e protege o meio ambiente;
- SISTEMAS DE ALERTA e de conscientização da população quanto ao alívio do sistema de drenagem;
- Regulamentar e implementar a Política Municipal de Educação Ambiental (PMEA) em parceria com a Secretaria de Educação, e garantindo a participação da sociedade civil ao longo do processo.