Nas últimas décadas, a especulação imobiliária tem sido voraz no Guarujá. O domínio de uma minoria no controle do planejamento urbano causa o encarecimento dos alugueis e infla o custo de vida, expulsando a população mais pobre dos locais com melhor infraestrutura. Este fenômeno resulta na migração dos menos favorecidos para municípios vizinhos ou áreas da cidade sem condições básicas de habitação, como zonas de risco, cortiços da região central e periferias. Este planejamento urbano elitista não apenas perpetua a desigualdade social, mas também agrava a crise climática.
Pensar em construir vida digna para os mais pobres passa necessariamente por enfrentar os superlucros daqueles que dominam o planejamento urbano e defendem os interesses de uma minoria endinheirada. Por isso, propomos:
- Expandir as Zonas Especiais de Interesses Sociais, com participação direta dos movimentos de moradia e em conjunto com uma Câmara Técnica;
- Transformar em moradia espaços ociosos da cidade, amparando comunidades vulneráveis e combatendo a especulação imobiliária, com o uso dos mecanismos do Estatuto da Cidade;
- Construir uma política de incentivo e investimento nos mutirões da moradia popular;
- Construção de Casas Solidárias integradas à política de geração de trabalho, renda e de assistência social, ampliando o atendimento a adolescentes e jovens;
- Adequar os centros de acolhida para pessoas em situação de rua conforme tipificação nacional do SUAS (Sistema Único de Assistência Social), atendendo às diversas demandas dos setores que vivem nas ruas.