Vivemos na era digital, cada vez mais afastados dos espaços públicos e isolados uns dos outros, perdendo cada vez mais o senso de comunidade. A ideologia individualista, propagada pelo capitalismo, afasta os indivíduos dos seus semelhantes, enfraquecendo a organização da luta coletiva.
São em lugares como as feiras, as praças, os parques e outros espaços públicos que se fortalecem os laços de comunidade e se desenvolve o sentimento de pertencimento ao lugar onde se vive. Esses locais não são meramente áreas físicas, mas pontos de encontro, lazer, troca cultural e de expressão artística e comunitária, além de humanizarem as relações sociais e o convívio coletivo.
Além disso, as feiras da cidade são espaços onde pequenos produtores, artesãos e empreendedores locais têm a oportunidade de comercializar seus produtos diretamente com a população, fomentando a economia local e gerando trabalho e renda para uma parcela da população, possibilitando o desenvolvimento da Economia Solidária.
Em Guarujá, a valorização desses locais promove uma maior integração comunitária e oferece alternativas de lazer ativo para todos os cidadãos. Reconhecemos que a inclusão social está diretamente ligada ao acesso aos espaços urbanos. O mobiliário urbano deve ser projetado para ser acessível a todos, incluindo idosos, crianças e pessoas com mobilidade reduzida. Dessa forma, praças públicas se tornam ambientes acolhedores e inclusivos, onde todos os membros da comunidade podem interagir e aproveitar o ambiente ao ar livre.
Defendemos políticas públicas que fortaleçam os laços sociais, promovendo interações entre diferentes grupos da sociedade. Valorizamos a diversidade cultural e estimulamos a geração de renda por meio do comércio justo e sustentável, ao mesmo tempo em que incentivamos a preservação ambiental.
Nossas propostas para as praças e feiras da cidade são:
- Ocupação de ruas, praças e espaços comunitários com atividades culturais periódicas;
- Incentivar e fortalecer feiras de pequenos agricultores, produtores orgânicos e agroecológicos, especialmente nas áreas públicas, como parques e praças;
- Investimento, manutenção e ampliação de praças e parques públicos, principalmente em bairros periféricos;
- Apoiar as feiras de Economia Solidária e a criação de espaços permanentes de comercialização;
- Iluminação Pública e Segurança Noturna;
- Utilizar espaços ociosos, públicos e privados, como hortas urbanas e espaços de lazer.