A Engenharia Merece Mais: Uma transição Necessária

Edição 1, 2023
Mais que uma obra que conta um pouco sobre a história e importância das diversas engenharias, é um livro que fala sobre projetos de vida. Valoriza os profissionais que fazem o seu trabalho com precisão, pensamento crítico, criatividade e, acima de tudo, paixão. Neste ano de eleições do CREA/SP, José Manoel, como candidato a presidente, reforça a necessidade de recolocar a entidade nos trilhos de uma nova era, pois há algum tempo ela tem sido alvo de críticas dos próprios engenheiros e agrônomos, pela falta de atuação e transparência. O lançamento do livro “A Engenharia Merece Mais” é, portanto, uma declaração de amor à Engenharia e uma homenagem ao próprio CREA/SP, fundamental para o bom exercício da profissão.
Autor: GONÇALVES, JOSÉ MANOEL FERREIRA
Idioma: PORTUGUÊS
Editora: KOTTER EDITORIAL

Prefácio

As eleições do sistema Confea CREAS se aproximam, mas quem acessa o portal destas autarquias públicas – notadamente a do CREA-SP, precisará se esforçar muito caso queira encontrar alguma notícia a esse respeito. E isso, claro, quando o próprio site não esteja fora do ar, como tem acontecido no sistema do CREA-SP, algo, convenhamos, humilhante para aqueles que, entre seus atributos, se veem como guardiães dos dados de uma parte considerável da Engenharia brasileira.

Uma vez que as eleições, marcadas para novembro deste 2023, serão virtuais, preocupa-nos sobremaneira o despreparo tecnológico para manutenção do sistema, o que, na hora “H” da eleição, poderá servir de bela e providencial cortina de fumaça para eventuais irregularidades na apuração.

Não podemos confundir esta eleição virtual, com as eleições em urnas desconectadas da Internet, nas quais elegemos nossos mandatários políticos. Mesmo assim, o mais preocupante ainda é esse ruidoso silêncio sobre as eleições.

Não há, até este momento, nenhuma campanha informativa mais ampla em andamento sobre este momento tão importante de decisão democrática sobre o futuro deste sensível segmento que é a engenharia nacional e, no caso em tela, a toda a engenharia paulista.

Seja em rádio, tevê ou mesmo jornais impressos e publicações dedicadas à categoria, o que se vê são propagandas antecipadas – portanto ilegais –, de divulgação de eventos irrelevantes, quando não desnecessários. O que deveria ser uma prioridade, uma obrigação: alertar, conscientizar, chamar, incentivar o profissional registrado sobre seu direito de votar e escolher seus representantes – é tratado com esnobe descaso, em mais uma demonstração das fragilidades do processo eleitoral e da falta de transparência recorrente de forma geral no sistema e, em especial, na atual gestão do CREA paulista.

Isso não se dá por falta de recursos, pois recursos financeiros não faltam, ao contrário, são desperdiçados em mordomias nababescas, desfrutadas por parte da diretoria do Confea, com o apoio do CREA-SP. São passagens para o exterior com as respectivas diárias… são gastos com hospedagem, alimentação e transportes de apoiadores dentro do país pagos a quem participa da bolha que sustenta este sistema à beira do colapso, uma farra!

Ao par disto, há um tremendo desperdício em contratações extraordinárias e dispendiosas, providenciadas com velocidade e voracidade. Não menos escandaloso é o inexplicável contrato de escritório de advocacia para o acompanhamento das… eleições.

Que tipo de complexidade jurídica está sendo aguardada até novembro, é a pergunta que devemos fazer sobre esse imbróglio preparatório por parte dos ocupantes do poder no CREA-SP.

Enquanto isso, a oportuna letargia prevalece no esclarecimento sobre a primeira eleição virtual do sistema em todo o país. Para se ter uma dimensão da amplitude, somos cerca de 350 mil engenheiros registrados em São Paulo e mais de 1,2 milhão em todo o país. Neste senti- do, cabe lembrar que nas últimas eleições, há três anos, em pleno auge da pandemia, lutamos com todas as nossas forças para que as eleições naquele difícil momento fossem virtuais, como medida de segurança sanitária. Mas esta mesma gestão que hoje permanece à frente do sistema Confea CREAS negou aos profissionais essa possibilidade, pondo em risco tanto a vida de indivíduos quanto a saúde pública, para, dessa forma, desmotivar o comparecimento às urnas.

Não é de hoje, portanto, que o tratamento que se dá às eleições para escolha do presidente e para os cargos representativos, todos de grande importância no âmbito dos Conselhos regionais em todo o país, acontece como um referendo morno e desinteressante, em que os mesmos aceitam a “dura tarefa” de se manter no comando.

A continuar tão viciado quanto meramente burocrático esse pro- cesso eleitoral, a sua credibilidade será nula. Nada disso nos surpreende, é fato, mas também não nos tira a mo- tivação de demonstrar de forma clara os movimentos em andamento.

Luto pelo fim da anuidade obrigatória, pelo investimento em engenharia 4.0 e pelo engajamento dos profissionais

Por isso, exorto nossa categoria a sair da arquibancada, da posição de espectadora, para assumir a vez e a responsabilidade que lhe cabe nesta hora histórica.

Depoimento

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