Legados e avaçoes da atual gestão do Corinthians

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*José Manoel Ferreira Gonçalves
[Engenheiro, advogado e jornalista]

Consolidação de conquistas estruturais

Em tempos de cizânia em âmbito nacional, e exaltação do punitivismo, em um cenário que não importa o que faça, qualquer um vira réu, corremos o risco de perder o melhor gestor que nosso clube já teve. Melhor porque durante o curto, porém impactante período de gestão de Augusto Melo, entre janeiro de 2024 e maio de 2025, o Sport Club Corinthians Paulista passou por transformações estruturais e comerciais expressivas.

Mesmo diante de turbulências internas e do afastamento precoce, Melo foi protagonista de mudanças que reposicionaram o clube em diversas frentes estratégicas.

Primeiramente, destaca-se a revolução na área comercial. Em apenas um ano e meio, o Corinthians garantiu receitas históricas com patrocínios máster: inicialmente, um contrato de R$ 370 milhões com a VaideBet; e, após a rescisão, outro acordo robusto com a Esportes da Sorte, totalizando R$ 309 milhões em três anos. Em um cenário de recessão e retração publicitária no esporte, essas cifras colocam o clube em destaque no mercado sul-americano, fortalecendo sua autonomia financeira.

Tecnologia avançada inovação no futebol

No campo esportivo, a gestão investiu em capital humano com a contratação de nomes experientes para os bastidores do futebol. O ex-jogador Fabinho Soldado assumiu como diretor de futebol profissional, enquanto Alex Brasil assumiu a gestão da base — demonstrando uma visão de longo prazo para o desenvolvimento de talentos. Além disso, o desempenho da equipe em campo refletiu essa organização: o Corinthians garantiu vaga na Pré-Libertadores e conquistou o título paulista de 2025, reforçando o retorno da competitividade.

A reestruturação física e tecnológica do Centro de Treinamento Joaquim Grava também merece destaque. A criação de novas áreas executivas, apoio psicológico aos atletas, iluminação para treinos noturnos e início da obra dos alojamentos da base mostram uma visão integrada entre saúde, performance e modernização. A parceria com a Ernst & Young, para auditoria interna, reforça o compromisso com a transparência, algo raro no futebol brasileiro.

O impacto da tecnologia avançada inovação institucional

No quesito infraestrutura, outro marco foi a ampliação da Neo Química Arena para 48.905 lugares. Essa atualização não só aumentou a capacidade de público como também proporcionou novos recordes de bilheteria, em especial no clássico contra o Palmeiras. Mais torcedores, mais receita, mais Corinthians.

No futebol feminino, a chamada “temporada perfeita” consolida a posição de liderança do clube na modalidade. A valorização do esporte feminino e a manutenção de um elenco competitivo revelam um comprometimento com a inclusão e a excelência.

Por fim, Augusto Melo articulou movimentos políticos significativos. Participou de reuniões com ministros do STF e outras lideranças para discutir melhorias no futebol nacional. Tais encontros elevaram a visibilidade institucional do clube, promovendo o Corinthians como agente ativo de mudança no esporte brasileiro.

O futuro exige continuidade estratégica

Apesar de seu afastamento conturbado, a gestão Augusto Melo deixa um saldo de conquistas concretas. O desafio, agora, recai sobre seus sucessores: será possível dar continuidade ao que foi estruturado? O Corinthians, mais moderno, competitivo e transparente, precisa de estabilidade para colher os frutos dessas sementes. A construção de um clube sólido, dentro e fora de campo, passa por manter e expandir as boas práticas implantadas — independentemente de quem esteja na presidência.

*José Manoel é pós-doutor em Engenharia, jornalista, escritor e advogado, com uma destacada trajetória na defesa de áreas cruciais como transporte, sustentabilidade, habitação, educação, saúde, assistência social, meio ambiente e segurança pública. Ele é o fundador e presidente da FerroFrente e da Associação Água Viva. Em 2018, fundou e passou a coordenar o Movimento Engenheiros pela Democracia (EPD), criado a partir da convicção de que a engenharia, como base material do desenvolvimento nacional, deve estar a serviço da democracia, da ética e da justiça social.

Declaração de Fontes: “As informações contidas neste artigo foram obtidas a partir de fontes confiáveis e verificadas, incluindo GE.globo.com, Wikipédia, UOL Esporte e It.Wikipedia.”

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