A Falta de Medicamentos: Um Desrespeito à Saúde do Guarujá

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Por José Manoel Ferreira Gonçalves
Pré-candidato a prefeito do Guarujá pelo PSol

 

A Crise na Atenção Básica: A Falha na Rede de Medicamentos

A situação relatada pela família de uma senhora de 73 anos, que teve que peregrinar por unidades de saúde em busca de um medicamento injetável essencial para o seu tratamento, expõe um problema grave e recorrente no sistema de saúde do Guarujá: a falta de medicamentos nas unidades de saúde da família, ou Usafa, como a do Perequê.

Essa situação, que se repete em diferentes bairros da cidade, coloca em risco a saúde da população, especialmente dos idosos, como no caso da senhora em questão. O acesso à medicação é um direito fundamental garantido pela Constituição Federal e, nesse caso, também amparado pelo Estatuto do Idoso, que assegura atenção prioritária aos cidadãos com mais de 60 anos.

A falta de medicamentos nas Usafa demonstra falhas graves no planejamento e na organização da rede pública de saúde do município. A gestão municipal tem a responsabilidade de garantir o acesso à saúde, incluindo o fornecimento de medicamentos essenciais à população. A ausência desses recursos nas unidades básicas de saúde revela um descaso com a saúde da população e, em especial, com os mais vulneráveis.

A Transparência e o Controle Social: A Necessidade de Respostas

A situação também levanta questões importantes sobre a transparência e o controle social no sistema de saúde do Guarujá. A falta de informações claras sobre a disponibilidade de medicamentos nas Usafa impede que a população tenha acesso à informação e possa cobrar ações efetivas do poder público.

É fundamental que a gestão municipal seja transparente e disponibilize dados sobre o estoque de medicamentos em cada unidade de saúde, assim como sobre as ações que estão sendo tomadas para garantir o abastecimento regular.

A participação da sociedade na gestão da saúde é crucial para garantir a qualidade dos serviços e o acesso universal à saúde. Nesse sentido, é importante que os conselhos de saúde e do idoso atuem de forma proativa, fiscalizando o funcionamento do sistema e cobrando medidas para solucionar problemas como a falta de medicamentos.

A Responsabilidade dos Vereadores: A Fiscalização como Ferramenta de Mudança

Os vereadores do Guarujá, como representantes do povo, também têm um papel fundamental na garantia do acesso à saúde da população. Eles possuem o poder de fiscalizar as ações do Executivo e cobrar medidas para solucionar problemas como a falta de medicamentos nas unidades de saúde.

A atuação dos vereadores é essencial para garantir que a gestão municipal cumpra com sua responsabilidade de oferecer um sistema de saúde eficiente e acessível a todos os cidadãos. Eles podem, por exemplo, solicitar informações sobre o abastecimento de medicamentos, realizar audiências públicas para debater o tema com a população e pressionar o Executivo por ações concretas para solucionar o problema.

O Abastecimento e o Planejamento: Uma Questão de Gestão

A falta de medicamentos nas unidades de saúde é um problema complexo que exige uma resposta integrada e abrangente por parte da gestão municipal. É preciso analisar as causas da falta de medicamentos, seja por problemas logísticos, falhas no planejamento, ou ainda, falta de recursos.

A gestão municipal deve investir em um sistema de gestão de medicamentos eficiente, que garanta o abastecimento regular das unidades de saúde, levando em consideração a demanda da população e a necessidade de cada medicamento. O sistema de gestão também precisa ser transparente e permitir o acompanhamento por parte da sociedade.

A Saúde Pública: Um Direito Essencial à Dignidade Humana

O acesso à saúde é um direito fundamental de todos os cidadãos e um dos pilares da dignidade humana. É essencial que a gestão municipal do Guarujá se empenhe em garantir esse direito à população, com qualidade e universalidade.

A falta de medicamentos nas unidades de saúde é um problema grave que afeta a saúde da população e precisa ser solucionado com urgência. É necessário que o poder público, em conjunto com a sociedade civil, trabalhe de forma eficiente e transparente para garantir o acesso universal à saúde, com medicamentos e outros recursos essenciais para o tratamento e a prevenção de doenças.

Um Desafio Coletivo e a Busca por Soluções

A situação da falta de medicamentos nas unidades de saúde do Guarujá exige uma resposta urgente e eficaz da gestão municipal. O problema não se limita à falta de medicamentos, mas sim a falhas estruturais no sistema de saúde, que prejudicam o acesso da população a um atendimento de qualidade.

É preciso que a gestão municipal assuma a responsabilidade por garantir o acesso universal à saúde, com planejamento eficaz, organização eficiente e transparência nas ações. A participação da sociedade, através dos conselhos de saúde e do idoso, e a fiscalização dos vereadores são fundamentais para garantir que o direito à saúde seja efetivamente cumprido no Guarujá.

*José Manoel Ferreira Gonçalves é jornalista, cientista político, engenheiro, escritor e advogado. Pré-candidato a prefeito do Guarujá, pelo PSol. É presidente da Associação Guarujá Viva, AGUAVIVA, e da Frente Nacional pela Volta das Ferrovias, Ferrofrente. Idealizador do Portal SOS PLANETA.

Fontes:

  • Informações coletadas junto à população.
  • Consulta a notícias e reportagens sobre a situação da saúde pública no Guarujá.
  • Acesso ao site da Prefeitura do Guarujá para informações sobre o sistema de saúde municipal.
  • Consulta ao Estatuto do Idoso.

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