Guarujá: Cultura como Pilar de Desenvolvimento e Identidade

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*Por José Manoel Ferreira Gonçalves
[Pré-candidato a prefeito do Guarujá, pelo PSol]

Venho pensando em escrever sobre cultura há dias, penso ter algo importante a dizer quanto a ela. No entanto, ao ler um artigo de um eminente poeta santista, Flavio Viegas Amoreira, membro da Academia Santista de Letras, percebi que suas palavras representam melhor o que gostaria de dizer e, devido ao estro do poeta, soam melhor do que as minhas. Portanto, o que se segue foi integralmente pensado e escrito por ele e publicado na Tribuna Livre:

Cultura e eleição: dez pontos

A cidade inteligente precisa ser sustentável e cultivada. Meio ambiente integrado ao espírito de uma comunidade é o caminho para um mundo possível. Se você, leitor/eleitor, se encanta com Amsterdã ou Lisboa, faça o dever de casa e torne sua terra um pouco próxima do ideal de ecologia com arte.

  1. Cultura não é cereja do bolo de uma plataforma, e sim o recheio de interação entre todos os itens de qualidade de vida do município.
  2. Os candidatos à Prefeitura não têm direito de desconhecer História e artistas que compõem a alma que sustentam a imagem concreta de onde vives.
  3. Nenhum aspecto social é tão libertário quanto a Cultura, até porque engloba todos. Nenhum gestor pode ousar tutelar Arte em nome de ideologias. O boicote ao espírito criativo é atentado contra o povo que o sustenta.
  4. Cultura é direito, exige capilaridade: um ponto de Cultura por bairro, como é feito com as exitosas policlínicas.
  5. Não confundir Cultura com indústria de massa: eventos sem poder crítico devem estar atrelados a Turismo ou autarquia específica. Ambos merecem respeito, mas não se confundem na atenção exigida de um gestor. Quem zela por orquestras ou bibliotecas na periferia não pode ser o mesmo que faz cotação de rojão e passagem de som na Zona Sul.
  6. Quando pensar em Cultura, fortalecer laços e deitar raízes em políticas permanentes: formação de entes sujeitos de seu destino, não marionetes como objetos do mercado ou de preceitos reacionários.
  7. Não existe centro em Cultura: as chamadas periferias precisam expressar mais e mais o que produzem sem serem catequizadas por estéticas consolidadas. Os cânones e as insurgências precisam se retroalimentar. Villa-Lobos e Cartola com mesmas oportunidades.
  8. Nenhuma outra política pública é tão gêmea de Cultura quanto Educação, ainda que criadas com identidades próprias, mas convergentes.
  9. O desmonte de culturas consolidadas e provadamente exitosas é um atentado à trajetória humana da tua terra.
  10. Não se faz política pública em Cultura sem ouvir artistas e arquitetos do espírito. Cultura é soma de tradição e vanguarda, casamento do passado que permanece e o futuro que se anuncia pedindo ajuda ser parido.

A poesia é a argamassa que forja todo edifício criativo. O teatro, a arte total, a dança que mobiliza corpos e mentes, a música que solidifica as bases e especialmente a literatura que perpassa toda engenharia de expressão alinhavando a linguagem, o vernáculo, o ecossistema criativo das tuas esquinas.

A praça, a boêmia, os anfiteatros ociosos de escolas, todos cantos da cidade precisam ser agitados pela cultura legítima e não mercantilizada: Cultura pede 24 horas.

Não confundir Cultura no sentido orgânico e não monetizado com economia criativa. A Cultura já é por si a soma não utilitária da economia com a criação sem as pressões de compra e venda.

A arte já se basta como sustento, ganha-pão é outra história. Digital e epidérmico, o internético e o presencial em Arte se encontram. Cada vez mais híbrida, a Cultura precisa oferecer acesso e acervo, integração de mídias e ausência de preconceitos. As cidades “do” e “de” futuro serão culturais e diversas ou não serão. Cultura é Educação, Saúde, nos transporta, nos habita. Vote pensando nisso que é imenso! ​

*José Manoel Ferreira Gonçalves é jornalista, cientista político, engenheiro, escritor e advogado. É pré-canditado a prefeito do Guarujá pelo PSOL. É presidente da Associação Guarujá Viva, AGUAVIVA, e da Frente Nacional pela Volta das Ferrovias, Ferrofrente. Idealizador do Portal SOS PLANETA.

Declaração de Fontes: “As informações contidas neste artigo foram obtidas a partir de fontes confiáveis e verificadas.”

Meta Descrição: Meta descrição: Este artigo aborda a importância da cultura como pilar de desenvolvimento e identidade no Guarujá, destacando os principais benefícios e desafios.

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