GOLPE E ALTA TRAIÇÃO

Compartilhe:

José Manoel Ferreira Gonçalves 
Engenheiro, advogado e jornalista

A Vontade das Urnas Sob Ataque

De forma inaceitável, a soberania do voto do sócio corintiano está sendo espezinhada. Augusto Melo, eleito democraticamente com uma plataforma de renovação e ruptura com as velhas práticas que há anos drenam o clube, enfrenta agora uma sórdida tentativa de golpe. Com efeito, o processo de impeachment, construído sobre pretextos frágeis e narrativas distorcidas pela mídia, ignora a legitimidade de um presidente que recebeu um mandato claro para auditar o passado e reestruturar o futuro do Corinthians. As acusações, como as que envolvem o polêmico contrato com a “Vai de Bet”, são usadas como cortina de fumaça para esconder o real objetivo: a retomada do poder por aqueles que foram derrotados nas urnas.

A Orquestração do Caos

Desde o primeiro dia de mandato, a gestão de Augusto Melo foi alvo de uma campanha de desestabilização. Dessa maneira, vazamentos seletivos para a imprensa, críticas desproporcionais e a criação artificial de um clima de crise permanente foram as ferramentas utilizadas pela oposição. Inegavelmente, o objetivo nunca foi o bem do Corinthians, mas sim minar a governabilidade e preparar o terreno para o bote. A atual crise não nasceu de uma gestão incompetente, mas foi meticulosamente fabricada por grupos políticos que, ao verem seus interesses contrariados, não hesitaram em sabotar o clube para atingir o presidente.

A Trama da Alta Traição à Luz do Dia

Nesse cenário de conspiração, a figura de Osmar Stabile, presidente interino, emerge como o protagonista de um ato de deslealdade. Em vez de assumir uma postura de isenção e buscar a pacificação, Stabile não demorou a revelar suas verdadeiras intenções. Suas declarações, nas quais se coloca abertamente como candidato em uma eventual eleição indireta, são uma confissão pública de sua participação na trama. Portanto, o que se assiste é uma vergonhosa alta traição à luz do dia, onde a posição temporária de poder é usada como palanque para um projeto pessoal, atropelando a ética e o estatuto do clube.

A Coragem de Enfrentar o Sistema

É preciso recordar porque Augusto Melo foi eleito. Sua vitória representou um grito de basta contra um sistema que se perpetuava no poder, marcado pela falta de transparência e por uma dívida crescente. Ao prometer “cortar na carne” e, principalmente, ao iniciar uma auditoria rigorosa nas contas das gestões anteriores, Melo mexeu em um vespeiro. Consequentemente, a reação violenta dos grupos de oposição não é uma surpresa, mas a confirmação de que o presidente estava, de fato, no caminho certo para expor as feridas abertas do clube e estancar a sangria. O impeachment é a vingança do sistema que se sentiu ameaçado.

O Oportunismo e a Alta Traição à Luz do Dia

A pressa de Osmar Stabile em se viabilizar como sucessor é a prova definitiva do golpe. Enquanto o presidente eleito luta para provar sua inocência e desmontar as acusações, seu vice já negocia o espólio do poder. Essa postura não apenas desrespeita os milhões de torcedores, mas confirma que a alta traição à luz do dia foi planejada em cada detalhe. Não se trata de uma solução para a crise, mas do clímax de uma conspiração que visa colocar no comando, sem o crivo do voto direto, um representante dos mesmos grupos que levaram o Corinthians à situação atual.

A Defesa da Democracia Corinthiana

Diante deste quadro desolador, cabe aos verdadeiros corintianos, sócios e torcedores, cerrarem fileiras em defesa da legalidade e do mandato de Augusto Melo. Permitir que este golpe se consume seria rasgar o estatuto do clube e abrir um precedente perigoso, validando a tese de que conluios de bastidores podem mais que a vontade da maioria. A luta atual transcende a figura do presidente; é uma batalha pela alma do Corinthians, para que o clube pertença de fato ao seu povo, e não a uma oligarquia insaciável.

*José Manoel é pós-doutor em Engenharia, jornalista, escritor e advogado, com uma destacada trajetória na defesa de áreas cruciais como transporte, sustentabilidade, habitação, educação, saúde, assistência social, meio ambiente e segurança pública. Ele é o fundador e presidente da FerroFrente e da Associação Água Viva. Em 2018, fundou e passou a coordenar o Movimento Engenheiros pela Democracia (EPD), criado a partir da convicção de que a engenharia, como base material do desenvolvimento nacional, deve estar a serviço da democracia, da ética e da justiça social.

Fontes: O conteúdo deste artigo foi elaborado com base em informações de veículos de imprensa como Poder360, Lance!, Estadão, Terra, CNN Brasil, Itatiaia e Meu Timão.

Compartilhe:

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Email