O CREA-SP suspendeu, em 15 de setembro de 2025, a licitação para a construção de sua nova sede, prevista para o bairro da Barra Funda, em São Paulo, em terreno de 5.500 m², com investimento estimado em R$ 170 milhões. A decisão foi comunicada em aviso oficial, citando “interesse público” como motivo para o prosseguimento da Concorrência nº 90004/2025 ter sido suspenso sine die, destinada à contratação de empresa para elaboração de projetos executivos complementares e execução integral da obra.
A medida ocorre após a Ação Popular ingressada pelo engenheiro José Manoel Ferreira Gonçalves (Processo nº 5023577-56.2025.4.03.6100), que questiona a legalidade da condução do processo e aponta indícios de irregularidades na licitação.
Entre os pontos críticos do edital suspenso estão a desclassificação de uma proposta R$ 24 milhões mais barata e a publicação de documentos com imprecisões que restringem a participação de empresas sérias, evidenciando riscos de desperdício de recursos públicos arrecadados compulsoriamente dos profissionais da engenharia.
Como ressaltou José Manoel Ferreira Gonçalves:
“O CREA/SP entrou em um labirinto administrativo que já dura seis anos e ameaça transformar a construção da nova sede em mais um escândalo de gestão pública. Com orçamento estimado em R$ 170 milhões, a obra corre risco real de se tornar um exemplo clássico de desperdício e favorecimento de interesses internos.”
O CREA-SP enfrenta críticas desde 2019, acumulando editais marcados por vícios, indícios de direcionamento e falhas que comprometem a competitividade. A suspensão do processo expõe novamente o desafio de garantir transparência, eficiência e fiscalização em grandes obras públicas, deixando em aberto se a nova sede será um exemplo de gestão responsável ou mais um caso de paralisação e custos inflados.
Sine die: Sem dia, uma expressão usada para indicar que algo foi adiado indefinidamente ou sem uma data específica para retomar.