Conjunto Habitacional em Risco no Guarujá

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*Por Eng. José Manoel Ferreira Gonçalves

Os moradores do Conjunto Habitacional Wilson Sório, localizado no pacato bairro Santo Antônio, em Guarujá, enfrentam um dilema perturbador. Afinal, as rachaduras e danos estruturais emergentes em seus lares têm trazido noites de preocupação e incerteza. Por um lado, os problemas surgem no rastro das obras de um canal na Avenida das Acácias, realizadas pela Prefeitura, com o nobre objetivo de prevenir alagamentos. No entanto, essa intervenção ocorreu próximo a uma área de mangue, suscitando temores de que as escavações possam estar comprometendo a integridade dos edifícios vizinhos.

Em resposta a essa situação alarmante, a Associação Guarujá Viva (AguaViva) assumiu um papel crucial. Dado que, além de encaminhar ofícios às autoridades locais, essa organização tem sido uma voz ativa em nome dos afetados. Importante perceber que a AguaViva não só buscou a atenção do Ministério Público, como também das Secretarias de Obras e de Habitação de Guarujá, além da Defensoria Pública e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo (Crea-SP).

Apesar das garantias da Prefeitura de Guarujá, que defende a segurança das obras, alegando que os problemas são devidos à idade dos prédios, os residentes têm uma narrativa diferente. Eles afirmam com convicção que os danos só apareceram após o início das obras. Por esse motivo, é fundamental que uma investigação técnica e imparcial seja realizada para esclarecer as verdadeiras causas desses danos.

O Ministério Público de São Paulo, ciente da gravidade da situação, juntou o caso ao procedimento de acompanhamento do TAC que supervisiona a implantação do projeto de macrodrenagem financiado pelo FEHIDRO. Nesta situação, a perspectiva de uma solução parece mais palpável, uma vez que o MP está exigindo respostas e, consequentemente, ações que assegurem a integridade dos moradores do Conjunto Habitacional Wilson Sório.

A crise no Conjunto Habitacional Wilson Sório é um reflexo de um problema maior que envolve gestão urbana, infraestrutura e direitos civis. A responsabilidade recai não só sobre os órgãos governamentais, mas também sobre a sociedade civil organizada, como a AguaViva. Dada a situação, medidas urgentes e eficazes são necessárias para garantir que a segurança dos residentes não seja comprometida. Portanto, em última análise, a solução para esses desafios passa por um esforço conjunto e decidido de todas as partes envolvidas.

*José Manoel Ferreira Gonçalves é jornalista, cientista político, engenheiro, escritor e advogado. Pré-candidato a prefeito de Guarujá pelo PSOL. É presidente da Associação Guarujá Viva, AGUAVIVA, e da Frente Nacional pela Volta das Ferrovias, Ferrofrente. Idealizador do Portal SOS PLANETA.

As informações para este artigo foram fornecidas pela Associação Guarujá Viva e pelo acompanhamento de processos legais pertinentes.

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