A Teia da Extrema Direita: Uma vergonha para Santa Catarina e para o Guarujá

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Por José Manoel Ferreira Gonçalves
Currículo: https://bit.ly/3U8Ltol

Extremismo e Corrupção: Uma Conexão Preocupante

Os fios da corrupção em Santa Catarina se entrelaçam de maneira surpreendentemente consistente com a figura da extrema direita no cenário político. Prefeitos flagrados em investigações não somente compartilham de um posicionamento político alinhado ao extremismo, mas também declararam apoio a Jair Bolsonaro nas últimas eleições. Antônio Ceron do PSD em Lages, e os demais prefeitos presos, mancham não só o município que representam, mas também o viés ideológico que defendem. A confluência de extremismo e ilegalidade levanta questões acerca da conduta e dos valores que permeiam essas lideranças.

Padrões de Comportamento e Lei

Em um padrão alarmante que se repete, Antônio Rodrigues, do PP em Balneário Barra do Sul, e Luiz Henrique Saliba, do mesmo partido, em Papanduva, unem-se ao grupo de extremistas acusados de corrupção. A relação intrínseca entre seus apoios a políticas conservadoras e comportamentos que transgridem a lei destaca uma dissonância entre o discurso de moralidade e a prática de atitudes que subvertem a ordem pública e a ética.

Ideologia Posta à Prova

Deyvison Souza do MDB, representando Pescaria Brava, e Joares Ponticelli do PP, de Tubarão, reforçam essa trama ao evidenciar como a ideologia é posta à prova quando confrontada com ações de corrupção. A filiação a ideais da extrema direita e a infração das normas que regem a administração pública evidenciam uma realidade politicamente polarizada e eticamente volátil.

Manchas Extremas na Política Catarinense

A extrema direita de Santa Catarina mancha-se com Marlon Neuber, do PL de Itapoá, e Luiz Antonio Chiodini, do PP de Guaramirim, quando suas condutas puníveis vêm à tona. Essa mancha se alastra a Vicente Corrêa Costa, do PL de Capivari de Baixo, intensificando o estigma que já pesa sobre os políticos e a ideologia que representam.

Ilustrando o Cenário Corrupto

Completando o panorama, Adilson Lisczkovski, do Patriota de Major Vieira, Alfredo Cezar Dreher, do Podemos de Bela Vista do Toldo, Luiz Divonsir Shimoguiri, do PSD de Três Barras, Luiz Carlos Tamanini, do MDB de Corupá, Armindo Sesar Tassi, do MDB de Massaranduba, e Adriano Poffo, do MDB de Ibirama, todos apoiadores de Bolsonaro e representantes da extrema direita, ilustram ainda mais o cenário corrupto que permeia o estado.

Ao final, Felipe Voigt do MDB de Schroeder, e Patrick Corrêa do Republicanos de Imaruí, somam-se aos números que colocam Santa Catarina em uma condição preocupante.

A Condição de Santa Catarina em Comparação com São Paulo

Um pequeno estado como Santa Cataria, reconhecido reduto bolsonarista, ter 16 prefeitos presos é de um desdouro indizível, tanto mais quando se compara, por exemplo, ao estado mais populoso da nação, São Paulo, que teve neste mesmo período um único prefeito preso. Trata-se de Válter Suman, prefeito de Guarujá, também ligado à extrema direita e apoiador de Bolsonaro, que inclusive o recebeu festivamente no município em 15 de novembro de 2019.

Suman foi algemado e colocado em um camburão. Depois que foi solto com tornozeleira ficou reclamando da falta de ar-condicionado no camburão. E continua sendo investigado, em vários processos. É o Ministério público, em cima, é a Polícia Federal em cima, o Poder Judiciário em cima… e enquanto isso a cidade está paralisada.

Ele simplesmente abandonou a gestão pública para cuidar da sua sobrevivência política. Mas já perdeu toda autoridade moral. E, por extrema infelicidade do município, a vice-prefeita é uma bolsonarista plena, enquanto Suman procura dissimular este aspecto, até porque foi eleito por um partido de viés progressista, o PSB, e só depois foi para um partido de direita, o já quase extinto PSDB, cada vez mais pendente à extrema direita, com a qual tem se alinhado no Congresso Nacional.

O fato é que a extrema direita ficou assanhada na cidade, e com este assanhamento emergiu o ódio represado, o revisionismo histórico para alinhar a História à fantasia deles, e mais um sem-número de gestos desprezível e palavras de uma pobreza intelectual acachapante.

Se é uma vergonha a Santa Catarina abrigar dezesseis prefeitos presos acusados de sérios crimes, imagine-se a vergonha do Guarujá, por ostentar o troféu de único município do grande estado com prefeito preso por acusação de crimes de desvio.

Esperamos que no pleito deste ano o Guarujá busque um prefeito em outro espectro político, porque neste já vimos que o piso é sempre escorregadio, e o desastre é certo.

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Fontes de dados: Este artigo foi elaborado utilizando informações de meios de comunicação, declarações publicamente veiculadas pelos políticos, dados fornecidos por instituições judiciais e comparação com dados do estado de São Paulo, corroborados por reportagens e registros oficiais sobre conflitos legais envolvendo políticos.

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