Quem é José Manoel

Descendente de portugueses, José Manoel Ferreira Gonçalves é um homem de causas e lutas em defesa do interesse público. Ativista político abraça com tenacidade e persistência a bandeira em defesa dos direitos comuns da sociedade.

Nasceu no tradicional bairro do Brás, na capital paulista, em 1955. Filho de um engenheiro civil e de uma professora, o menino gostava de brincar nas ruas próximas ao comércio de tecidos do avô, no mesmo bairro.

O garoto viu a família sofrer com o atropelamento de um amigo por um bonde. Aos olhos de uma criança, naquele momento, o trem ganhou ares de perigo.

Algum tempo depois, se mudou para Santana, na região norte da cidade, próximo ao famoso Jaçanã, imortalizado na canção de Adoniram Barbosa. A imagem negativa causada pelo acidente com o bonde foi substituída pela poesia do Trem das Onze. O susto virou curiosidade e José Manoel começou a se interessar pelo tema ferrovia.

Atendendo a um desejo da família, ele foi estudar engenharia civil em uma tradicional universidade paulista. Idealista e apaixonado por política, principalmente em defesa dos mais pobres, ficou dividido entre a Engenharia Civil e o Jornalismo, até conseguir se formar nas duas áreas. Fez mestrado e doutorado na área de engenharia. Ainda se formou em Direito e Ciência Política e fez mestrado em Engenharia Oceânica e uma especialização em Termofluidomecânica.

Trabalhou durante anos como diretor de uma construtora. Foi professor, diretor de Relações Institucionais e Diretor Campus Marquês de São Vicente e Anchieta da UNIP. Também foi consultor e repórter especial em meio ambiente na Rádio Jovem Pan, onde tinha um programa chamado SOS Planeta. Mais tarde, criou um site especializado no tema com o mesmo nome.

Participou de três edições da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, respectivamente na Dinamarca, Paris e México. Foi durante a COP-15, que José Manoel percebeu que não apenas o Brasil, mas o mundo precisava mudar a matriz de transportes. Era preciso transportar menos em cima de pneus e mais em cima de trilhos.

A partir desse momento organizou um grupo de pessoas interessadas na causa, que começou com dez pessoas e cresceu. O grupo chegou à conclusão de que o sistema metroferroviário no Brasil estava em processo de destruição e que era preciso criar uma entidade que fosse independente, sem vínculos políticos e comercias e que agisse com total transparência na luta pela expansão e melhoria dos transportes nos trilhos.

Assim, em 2014 nascia a ONG FerroFrente que, sob sua presidência, tem atuado desde 2014 em defesa do modal ferroviário no Brasil, considerando suas enormes vantagens nas áreas socioambiental, econômica e de eficiência produtiva e para o desenvolvimento nacional.

Foi conselheiro do Instituto de Engenharia por dois mandatos, conselheiro do Crea-SP (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo) e vice-presidente da Federação das Associações de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado de São Paulo.

Foi nomeado Conselheiro da CNTU, Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados. Depois, se tornou Diretor atuando em diversas projetos da entidade.

No ano de 2017, em solenidade pelo Dia do Engenheiro no auditório do SEESP, foi agraciado com o prêmio Personalidade da Tecnologia 2017 na categoria Transporte.

Foi candidato à presidência do CREA-SP, um dos conselhos profissionais mais fortes do país. Com o slogan “Mudar Para Valer” propôs a refundação do CREA-SP. Com o programa, ele apresentou propostas inovadoras para a gestão do órgão, calcadas no tripé, transparência, educação e atualização e valorização profissional.

Sua experiência durante o pleito, foi registrada em seu livro” ENGENHARIA EM CHAMAS: Encruzilhada Histórica no CREA-SP”, onde José Manoel relata sua trajetória na campanha como candidato de oposição à presidência do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo, em plena pandemia, com apoio de grupo aguerrido de engenheiros luta contra o sistema marcado por fraudes, arbitrariedade, desrespeito à democracia e desmando com dinheiro público, em uma batalha que prossegue na Justiça, com a eleição ainda sub judice.

Em 2022 concluiu seu pós-doutorado em Sustentabilidade e Transportes, pela Universidade de Lisboa, em Portugal.

É presidente e fundador da ONG AguaViva, associação defensora de diversas frentes, desde ações educativas a trabalhos específicos em defesa dos interesses da sociedade civil, patrimônio natural e os recursos públicos da cidade de Guarujá.

Além da obra Engenharia em Chamas, é autor dos livros Ferrovias, Ferrovia Essencial, Um Brasil Sobre Trilhos, O Brasil nos Trilhos, Madeira-Mamoré: História das Ferrovias do Brasil, O Trem do meu destino e Despoluindo Sobre Trilhos, totalmente dedicado a questão ambiental e que ganhou uma versão em inglês: Despolutting on the tracks of Brasil.

Autor dos dois pedidos de impeachment do atual prefeito de Guarujá, José Manoel retratou em seu novo livro, TUDO DOMINADO, como a política do município se tornou um caso de polícia. O livro não se resume à degradante trajetória do Executivo – e a contribuição de boa parte do Legislativo local – até que Guarujá fosse alçada às páginas policiais. A obra também se arrisca a realizar conexões com a ameaça à democracia que paira no cenário nacional, e termina com reflexões e propostas para a reconstrução da bela cidade litorânea.

Iniciou este ano um novo projeto. Semanalmente ele compartilha vídeos em seu Canal do Youtube contando a História das Ferrovias no Brasil e os desafios atuais do ferroviarismo em nosso País. É uma verdadeira Aula de História onde ele tem a oportunidade de dividir com seus amigos internautas, o resultado de suas pesquisas e de longos anos dedicados à sua paixão pelos trilhos. E não para por aí! São inúmeros projetos em andamento em prol da sociedade. Sem se abster de sua luta permanente, José Manoel, mantém diversas ações e debates que tem como meta, devolver à Engenharia seu protagonismo no mapa do Desenvolvimento Nacional Sustentável.