*Por José Manoel Ferreira Gonçalves
Currículo: https://bit.ly/3U8Ltol
1. Ocupação Nacional: Um Grito por Justiça
No Dia Internacional da Mulher, 8 de março de 2024, a luta pela terra ganhou um novo capítulo: mulheres camponesas ocuparam simultaneamente as sedes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em diversos estados brasileiros. A ação, coordenada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), reivindica a retomada do orçamento para a reforma agrária, paralisado desde o início do governo Bolsonaro, e o reconhecimento dos direitos das mulheres no campo.
Com faixas, cartazes e palavras de ordem, as manifestantes denunciam o descaso do governo com a agricultura familiar e a crescente concentração de terras nas mãos de uma minoria. A desvalorização dos produtos agrícolas, a falta de acesso a crédito e assistência técnica, e a violência no campo também estão entre as principais reivindicações.
2. A Força das Mulheres na Luta pela Terra
As mulheres camponesas assumem cada vez mais protagonismo na luta pela reforma agrária. Elas representam cerca de 43% da força de trabalho no campo brasileiro, mas ainda enfrentam muitas dificuldades, como a falta de acesso à terra, à educação e à saúde.
Na ocupação das sedes do Incra, as mulheres reivindicam políticas públicas específicas para garantir seus direitos, como o acesso à terra, à igualdade de oportunidades e à participação nas decisões políticas. Elas também lutam contra o machismo e a violência no campo, que afetam diretamente suas vidas.
3. A Reforma Agrária como Solução para o Brasil
A reforma agrária é fundamental para o desenvolvimento do Brasil. Além de garantir o acesso à terra para quem nela trabalha, ela contribui para a geração de emprego e renda, a segurança alimentar, a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento social do país.
Segundo o MST, existem no Brasil cerca de 4 milhões de famílias sem terra. A reforma agrária permitiria que essas famílias tivessem acesso à terra e aos recursos necessários para produzir alimentos e gerar renda. Isso contribuiria para a redução da pobreza e da desigualdade social no país.
4. O Descaso do Governo Bolsonaro com a Reforma Agrária
O governo Bolsonaro lutou contra a reforma agrária. Desde que assumiu a presidência, o orçamento para o Incra foi drasticamente reduzido, paralisando a desapropriação de terras e a criação de novos assentamentos.
O governo também tem incentivado a grilagem de terras e a violência contra os trabalhadores rurais. Em 2023, o número de conflitos no campo aumentou 20% em relação ao ano anterior.
5. A Mobilização Social em Defesa da Reforma Agrária
A ocupação das sedes do Incra pelas mulheres camponesas é um sinal de que a luta pela reforma agrária não vai parar. A sociedade civil brasileira precisa se mobilizar em defesa dessa causa crucial para o desenvolvimento do país.
É necessário pressionar o governo para que ele retome o orçamento para a reforma agrária e implemente políticas públicas que garantam o acesso à terra para quem nela trabalha. A reforma agrária é um direito fundamental do povo brasileiro e uma necessidade para o desenvolvimento do país.
6. Um Futuro com Reforma Agrária: Esperança para o Campo
A luta pela reforma agrária é uma luta por um futuro melhor para o Brasil. Um futuro com mais justiça social, igualdade de oportunidades e desenvolvimento sustentável.
As mulheres camponesas estão de parabéns por terem assumido a vanguarda dessa luta, mostrando que a reforma agrária é possível e necessária. É hora de toda a sociedade brasileira se unir a elas nesse movimento por um futuro mais justo e próspero para o país.
*José Manoel Ferreira Gonçalves é jornalista, cientista político, engenheiro, escritor e advogado. Pré-candidato a Prefeito do Guarujá pelo PSOL. É presidente da Associação Guarujá Viva, AGUAVIVA, e da Frente Nacional pela Volta das Ferrovias, Ferrofrente. Idealizador do Portal SOS PLANETA.