É preciso tomar iniciativas para impedir o desmonte do SUS
O Sistema Único de Saúde é uma grande vitória dos brasileiros. O SUS promove a justiça social, com atendimento a todos os indivíduos. Além disso, é o maior sistema público de saúde do mundo, atendendo cerca de 190 milhões de pessoas. A cada 10 pessoas, 8 dependem exclusivamente do SUS para tratamento.
O SUS, além de ser gratuito, é público. No entanto, com a política em andamento de privatização de tudo que é público, ocorre o sucateamento dos seus serviços, a desvalorização dos profissionais, retirada de recursos e a falta de investimentos no sistema. Dessa forma, a população fica indignada com o serviço oferecido e entende ser necessária a privatização. Mas não! Temos que nos indignar com essa política neoliberal de destruição de tudo que é público e acessível para todos.
Uma das ações mais urgentes para mudar essa realidade é a revogação da Lei das Organizações Sociais (Lei 9637/1998). Essa lei permite que a administração pública conceda a entidades privadas o aval para que realizem — com recursos públicos — atividades ligadas à saúde.
A valorização dos trabalhadores é indispensável para que tenhamos um SUS de qualidade e eficiente. E para que essa valorização exista, são necessários concursos públicos para acabar com a sobrecarga de trabalho, condições de trabalho que não coloquem em risco os servidores e salários dignos.
Nossas lutas são por:
- Recomposição das perdas e valorização salarial dos servidores públicos;
- Melhoria nas condições de trabalho;
- Formação de um quadro geral de servidores, permitindo negociação conjunta de demandas;
- Concursos para todas as carreiras, respeitando as proporções de gênero e raça;
- Garantia de licença parental de 180 dias para servidoras e servidores;
- Capacitação dos servidores no combate ao racismo e a abordagens discriminatórias;
- Política de formação continuada do servidor público.